Então você já leu um post anterior que explica sobre o filtro ND... Não? Então clique aqui. Agora, vamos a umas dicas para realizar as imagens.
1 - Pense nas melhores condições climáticas para realizar a imagem
Procure locais onde há uma movimentação de água constante: costões, cachoeiras, mares revoltos. Sem movimento não há interesse.
2–- Use um bom tripé
O tripé não pode ser pequeno para conter o peso da câmera, nem leve o suficiente para voar por contar do vento.Deve ser firme. "Profe, não tenho tripé!"Improvise com o que tiver ( sobre pedras, em árvores, no chão...) but, se quiser imagens melhores, vai ter que investir em um. Na imagem abaixo, eu estava sem tripé e usei as pedras do local.
3 – Modo Bulb ( B out T)
Em exposições com + de 30 segundos, utilize o modo Bulb (B ou T) da câmera.
4 - Preste atenção no vento/ventania
O vento forte pode sacudir o tripé comprometendo a imagem a ser capturada. Como a velocidade está baixa, se o tripé se mover, não será somente a água que borrará.
5 - Utilize um temporizador ou um acionador remoto
Se você tocar no botão para realizar a fotografia, sua imagem corre o risco de sair tremida. Sendo assim, programe o temporizador em alguns segundos - eu deixo seis - e clique. A segunda opção é um controle que aciona o disparo a distância.
6 - Tampe o visor da sua câmera
Um pedaço de fita isolante no visor evita o vazamento de luz e serve para quando o sol está atrás de você e faz com que o fotômetro seja enganado.
7 - Reduza o ruído
Não importa o ISO baixo, quando você utiliza longas exposições de vários minutos, por exemplo, um ruído poderá se fazer presente devido ao aquecimento do sensor. Na câmera pode não aparecer, mas quando você ampliar as imagens, você pode dar de cara com pixels vermelhos e magentas.
Para evitá-los, você pode habilitar no menu de sua câmera (veja se o seu modelo possui) o redutor de ruídos para longas exposições. O que a câmera faz é tirar uma foto, igual a que você está realizando, porém completamente escura, assim ela reconhece onde estão os hot pixels, como são chamados os fulgurantes pontos, e apaga-~los na fotografia original.
Para tudo isso, você deve estar fotografando no modo RAW!
Outras pessoas, preferem um processamento na edição, através do Lightroom ou Photoshop, onde apagam o problema. Eu gosto de sair do local com o trabalho pronto, sem precisar de edição...É o que recomendo. Não curto retrabalho, mas, eventualmente...
8 - Pense na composição
Observe e module sua composição com cuidado antes de utilizar o filtro. Como ele pode escurecer muito a composição, vai ficar difícil de você querer dominar o cenário a posteriori, então, formule a composição com clareza.
9 - Seja paciente
Em um mundo onde a paciência e a contemplação são palavras que não cabem no cotidiano de excessos da hipermodernidade - um dos conceitos de pensadores que traduzem a contemporaneidade, no caso de Gilles Lipovetisky, e que dizem que no momento se vive tudo na velocidade da luz, com pressa e excessivamente. Para fotografar, paciência é imprescindível. Exercite.
10 - O tempo de exposição também é escolha criativa
O tempo escollhido de exposição (geralmente entre quatro ou cinco segundos para ter o efeito "véu" ou "lençol") também é uma escolha de expressividade criativa, sendo assim, mais ou menos tempo, pode criar o efeito desejado por quem está produzindo a imagem.
Na primeira imagem temos uma exposição de dois segundos e na segunda quatro. Vejam o resultado. Isso também depende do desenho da cascata e da velocidade da água.
Bem, se você tiver alguma outra dica, por favor, coloque nos comentários!